Quem gosta do universo do vinho sabe que esta bebida é repleta de valor simbólico. Segundo a mitologia, ela é associada ao deus Dionísio e servia também para alimentar as divindades. Por isso mesmo, não é de se espantar que haja tantas crenças que cercam este líquido até hoje.

Mas nem todas estas crenças são reais — e pode ser que elas estejam impedindo que você desfrute de bons vinhos neste exato momento. Por isso, confira neste texto 8 mitos sobre vinhos que você deve parar de acreditar.

1. Vinho bom precisa ter rolha

(Fonte: Pexels)(Fonte: Pexels)

Não é verdade que vinhos fechados com rosca são piores dos que os que têm rolha. Para entender, vale lembrar de qual é a função da rolha: vedar o vinho e permitir uma entrada controlada do ar para que ele envelheça aos poucos.

Acontece que nem todos os vinhos se beneficiam com o envelhecimento (isso, na verdade, só acontece com os bem caros). Por isso, pode ter certeza que há ótimos vinhos vedados com rosca.

2. Vinhos tintos precisam sempre ser decantados

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

O decantador é um utensílio de boca estreita e fundo largo que serve para separar os sedimentos do vinho e o faz “respirar”. Por isso, quem se beneficia dele é apenas o vinho que possui algum sedimento. Se não é o caso do seu vinho, não há razão para usá-lo, mesmo que ele seja tinto.

3. Vinhos que misturam uvas não são bons

(Fonte: Pexels)(Fonte: Pexels)

Não necessariamente. É preciso esclarecer que um bom vinho não tem a ver com a quantidade ou a variedade de uvas que foram usadas, mas com outros fatores: a qualidade da videira e da colheita, a técnica, a higiene empregada no processo e a qualidade da safra. Por isso, um vinho assemblage pode ser tão bom quanto um feito com apenas uma uva.

4. Dá para tampar um vinho frisante com uma colher

(Fonte: Unsplash)(Fonte: Unsplash)

Os antigos faziam isso com toda bebida gasosa: colocavam uma colherinha na boca da garrafa para manter o gás contido de um dia para o outro. Mas não funciona. Melhor investir em um utensílio que realmente sirva para isso.

5. Vinho tinto combina com carne e vinho branco combina com peixe

(Fonte: Unsplash)(Fonte: Unsplash)

Pode até ser, mas nem sempre estes são os únicos matches que funcionam. Alguns vinhos de uva chardonnay vão super bem com carne vermelha, por exemplo. Por isso, vale ousar e encontrar novas combinações.

6. Vinho rosé é uma mistura de vinho tinto com branco

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Em alguns casos, sim. Mas na maior parte das vezes, o vinho rosé surge da fermentação de uvas tintas que tiveram pouco contato com a casca, que é o que garante a cor.

7. Países quentes não produzem bons vinhos

(Fonte: Unsplash)(Fonte: Unsplash)

Não é verdade. Na realidade, o que o vinho precisa é de um ambiente com bastante amplitude térmica — uma temperatura que varie entre o quente e o frio. O fato de que o Brasil tem uma ótima produção já é uma pista suficiente de que este mito é irreal.

8. Não se deve gelar vinhos tintos

(Fonte: Unsplash)(Fonte: Unsplash)

Há vários vinhos tintos que se beneficiam de alguns minutos na geladeira. A título de curiosidade, há a indicação padrão de que espumantes sejam consumidos em temperatura de 4 °C a 6 °C, os brancos de 8 °C a 10 °C e os tintos de 15 °C a 18 °C. Por isso, se você está em uma região mais quente que isso, um pouco de geladeira pode ser recomendado para o seu vinho tinto.

#SuperCurioso | www.supercurioso.online

Previous post Gulag: a brutal vida de um prisioneiro no campo soviético
Next post O histórico de neve no Brasil