Você já viu por aí uma cobra de duas cabeças? Saiba que nós não estamos falando de mitologia grega, mas sim de vida real! Essa condição se chama bicefalia e possui grande significado nas histórias do passado, porém é algo realmente existente e extremamente intrigante.
Aliás, esse um problema que afeta não só as cobras, como também outros animais na natureza. E aí, ficou curioso para saber como tudo isso acontece? Ao longo dos próximos parágrafos nós falaremos mais a fundo sobre a bicefalia, citaremos algumas curiosidades e quais são os maiores riscos. Olha só!
Como ocorre a bicefalia?
(Fonte: Shutterstock)
A bicefalia, tal qual seu termo mais amplo policefalia (múltiplas cabeças), é extremamente rara no mundo animal. Mesmo assim, isso não significa que ela seja completamente impossível e existem diversos detalhes científicos que nós ainda estamos tentando decifrar sobre essa condição.
Até onde sabemos, a primeira causa plausível para o surgimento de um espécime com bicefalia é a divisão incompleta de um embrião. Quando isso acontece na natureza, na maioria dos casos, a maioria dos mamíferos acaba tendo um aborto espontâneo, sobretudo porque essa é uma subclasse que valoriza mais qualidade do que quantidade em suas crias.
Para as cobras, no entanto, esse mecanismo não possui o mesmo nível de sensibilidade. Além disso, a partir do momento em que as cobras põem um ovo, o desenvolvimento do embrião já está fora de seu controle. Por fim, ovos são muito mais suscetíveis a fatores ambientais que podem desencadear uma divisão espontânea do embrião, o que torna a bicefalia muito mais provável em répteis do que em mamíferos.
Apesar das estatísticas desfavoráveis, casos de bicefalia ou policefalia já foram registrados em humanos, gatos, cabras, porcos, tubarões, pássaros e diversas outras criaturas.
É possível viver com duas cabeças?
(Fonte: Shutterstock)
Apesar da frase “duas cabeças pensam melhor do que uma” ser um ditado bastante popular em nossa sociedade, essa pode não ser uma verdade quando o assunto são os casos de bicefalia e policefalia. Embora não existam estatísticas específicas sobre o tema, especialistas acreditam que a maioria dos animais que nascem com essa condição não conseguem sobreviver na natureza por muito tempo.
Também é importante ressaltar que a forma como a divisão do embrião ocorre possui bastante relevância nas taxas de sobrevivência. Caso as duas cabeças estão conectadas a estômagos diferentes, a luta por presas torna mais provável elas morrerem de fome.
Ou então, um único coração tendo que bombear sangue para dois corpos diferentes faz com que o processo seja muito mais desgastante e gere problemas de saúde para o animal. A melhor chance de um animal com policefalia sobreviver é nascer em cativeiro, onde ficará sobre o cuidado de seres humanos e terá mais chances de uma vida longa — há registros de cobras com bicefalia sendo estudavas vivas por 20 anos nos Estados Unidos.
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