Quando passamos por um lugar e vemos uma bandeira com as cores do arco-íris, logo identificamos: trata-se de um lugar que apoia a comunidade LGBTQIA+. Mas como esse símbolo foi criado?
A história é bem interessante. Em 1978, um designer, ativista e artista drag chamado Gilbert Baker foi contratado pelo político Harvey Milk, outro famoso ativista da comunidade, para criar uma bandeira para ser exibida na parada do orgulho anual de São Francisco.
Baker assumiu o desafio – mais tarde, declararia que as “bandeiras servem para proclamar o poder”. Para fazer o projeto, ele se inspirou nas linhas existentes na bandeira dos Estados Unidos e buscou referências no movimento da pop art, em vigor nesta época.
A construção de um novo símbolo LGBTQIA+
(Fonte: NBC News)
Assim, Gilbert Baker chegou na ideia de uma bandeira com seis cores, cada uma simbolizando algum valor. De cima para baixo, as cores representam: sexo e vitalidade (vermelho); cura (laranja); luz do sol (amarelo); natureza (verde); harmonia (azul índigo) e espírito (violeta).
Uma curiosidade é que, antes da bandeira, já havia outro símbolo da comunidade LGBTQIA+ circulando entre os grupos. Era um triângulo rosa, que havia sido adotado por conta de sua importância histórica: os nazistas identificavam os homens homossexuais nos campos de concentração a partir desse triângulo. Mas Baker e Milk consideravam haver a necessidade de um novo símbolo.
Alguns estudiosos também acham que a bandeira do arco-íris remete também à atriz Judy Garland, que é um ícone importante dentro desta comunidade. Isto porque a comunidade gay frequentemente se referia aos homossexuais como os “amigos de Dorothy”, fazendo referência ao papel de Judy no clássico filme O Mágico de Oz. Neste sentido, a bandeira se ligaria à música Somewhere over the rainbow, tema do filme.
Outras bandeiras da comunidade LGBTQIA+
(Fonte: Unsplash)
A comunidade, que se autodenominava LGBT (o que envolvia lésbicas, gays, bissexuais e transgênero) foi se complexificando ao longo do tempo. Novas formas de expressão da sexualidade foram se manifestando – chegando na sigla LGBTQIA+, mais inclusiva, que se refere a lésbicas, gays, bissexuais, transgênero, queer, intersexual e assexual. O “mais” ao final abre a inclusão para outras identidades de gênero.
Por conta disso, outras bandeiras também foram criadas. Há uma bandeira do orgulho bissexual, desenhada por Michael Page em 1998. Ela tem três cores: o rosa representa a atração pelo mesmo sexo; o azul representa a atração do sexo oposto; por fim, o roxo representa a atração por ambos.
Já em 1999, uma mulher transgênero chamada Monica Helms criou a bandeira do orgulho transgênero. Ela tem cinco linhas, mas três cores. O rosa claro e o azul representam as cores que são culturalmente associadas a meninas e meninos. No meio delas, aparece uma linha em branco, representando os gêneros em transição, neutros ou indefinidos e a intersexualidade. “O padrão é tal que não importa de que maneira você segure a bandeira, ela está sempre certa, significando que encontramos a correção em nossas vidas”, explicou Monica.
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