Geralmente associamos tumultos e revoltas às camadas da população com questões sociais sérias: violência policial, racismo, homofobia e corrupção na política costumam levar o povo às ruas. Contudo, há exemplos na história da humanidade em que rebeliões foram motivadas por coisas tolas.
Quem nunca viu um aniversário do supermercado Guanabara, no Rio de Janeiro, virar bagunça depois que um produto acaba, ou então quando dois consumidores disputam uma mesma mercadoria. Porém, nossa lista vai mais fundo e traz os protestos causados por motivos mais esdrúxulos. Confira!
1. O filme inglês Oliver Twist
Ao longo da década de 1940, havia no exército dos Estados Unidos um setor conhecido como Divisão de Assuntos Civis do Exército, responsável por assistir aos filmes que seriam exibidos às tropas. A tarefa dessa equipe era impedir (leia-se censurar) que filmes cuja linguagem fosse considerada negativa sobre o país fossem assistidos.
Pois, em 1949, o filme inglês Oliver Twist (1948) passou sem muito alarde pela comissão, para desespero do alto comando das forças armadas. House um imenso tumulto nos quartéis, com a chefia alegando que o longa-metragem, além de antissemita, propagava um discurso comunista.
2. Um insulto aos pés de uma mulher
(Fonte: Pexels)
O jornal The Day Book, editado em Chicago até o ano de 1917, publicou em abril de 1913 sobre um motim que ocorreu na cidade. Tudo aconteceu após um homem, passageiro de um dos bondes da cidade, tropeçar no pé de uma jovem mulher, já tarde da noite. Notando que os sapatos da moça eram maiores que normalmente são, ele acabou proferindo insultos.
Pois não tardou que os demais presentes no mesmo bonde se insurgissem contra o “agressor”, causando uma confusão tão grande que só foi interrompida quando a polícia chegou, prendendo algumas pessoas, entre elas os homens que defenderam a honra da mulher ofendida.
3. Uma cartola
(Fonte: Unsplash)
Sim, no distante século XVIII, em Londres, uma cartola causou um tumulto — e não, não foi motivado por um mágico tentando tirar um coelho dela. Tudo isso porque um homem havia adquirido um desses chapéus, mas em um tamanho avantajado.
Ao andar pelas ruas de Londres, ele causou um tumulto, com inúmeras pessoas correndo atrás para acompanhar o que era aquele objeto tão excêntrico. A população que o seguia causou tantos problemas que a polícia foi chamada, fazendo com que o dono da cartola fosse preso, acusado de incitar um tumulto. Talvez seja este o primeiro chapeleiro maluco da história?
4. Um beijo
(Fonte: Unsplash)
Sim, um simples beijo foi capaz de desencadear uma rebelião no início do século passado, em Rock Island, Illinois. Em 1918, um trem passava pela cidade abarrotada de militares. Quando parou na estação, um grande grupo de mulheres se aproximou das janelas, acenando e interagindo com aqueles homens.
Um destacamento da polícia foi direcionado à estação, mas o tumulto estava instaurado. Mulheres pulavam nos vagões, militares saltavam pelas janelas e, no meio disso, a polícia tentava impor a ordem. Foi um “Deus nos acuda”, registrado pelo jornal Rock Island Argus em matéria do dia 12 de agosto daquele ano.
5. Respingos de ovo
(Fonte: Pexels)
Em dezembro de 1917, na cidade de Portland, no Oregon, uma pessoa achou que era uma boa ideia de brincadeira arremessar ovos em um grupo de homens que realizava a mudança de alguns móveis. Ainda que não tenha acertado os trabalhadores, alguns respingos de gema caíram nos estofados de uma cadeira, o suficiente para causar a ira do proprietário dela.
Furioso, ele pegou um machado e começou a perseguir pessoas aleatórias na rua, na tentativa de descobrir quem havia sido o brincalhão e dar-lhe uma lição. Foi um alvoroço, com as pessoas que eram inocentes arremessando tijolos e pedras para se defender. Tudo terminou apenas com a chegada da polícia.
6. Um filme com Elvis Presley
No ano de 1958, estreou o filme Balada Sangrenta, cujo protagonista era ninguém menos que Elvis Presley. Acontece que o lançamento da película no México não deu muito certo porque um colunista social, sem muitas explicações, publicou que Elvis teria sido preconceituoso com o povo mexicano.
O artigo foi lido pela principal rádio do país, causando uma revolta poucas vezes vista, com discos de Presley queimados na rua e cinemas boicotando a estreia do longa-metragem. Elvis conseguia ser um alvoroço até mesmo quando não fazia nada.
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