O conflito entre Rússia e Ucrânia é coberto pela mídia com relatos diários sobre os acontecimentos, mas as guerras não são uma invenção contemporânea, muito pelo contrário. Os embates entre diferentes povos estão presentes na história da humanidade, há mais tempo e com mais baixas do que gostaríamos.

Para fazer um pequeno resgate, apresentamos nesse artigo uma lista com 5 campos de batalha históricos, em que tragédias e mortes ocorreram, ajudam a moldas o mundo de alguma maneira. Pegue seu balde de pipocas e confira esse mergulho no conhecimento conosco.

1. Batalha do Vale Tollense (Alemanha)

Localizado na Alemanha, o sítio arqueológico do Vale Tollense guarda um campo de batalha no qual dois grupos teriam se confrontado na estreita travessia que conduz ao Mar Báltico, por volta de 1200 a.C.

A maior parte dos restos mortais pertencem a jovens, de acordo com a análise de isótopos feitas pelos arqueólogos que cuidavam do sítio. Eles identificaram que a maior parte das pessoas que ali morreram teriam vindo de locais distantes.

Atualmente, um grupo de pesquisadores contesta essa interpretação. Para eles, o sítio não abriga um campo de batalha do período conhecido como Idade do Bronze (entre 3300 a.C. e 1200 a.C.). Na realidade, teria havido um massacre sobre uma caravana de comerciantes, vítima de uma emboscada realizada por bandidos.

2. O Cemitério 117 de Jebel Sahaba (Sudão)

Descoberto na década de 1960, o Cemitério 117 foi um campo de batalha datado em mais de 13.400 anos. Segundo a equipe de pesquisadores envolvidos com a descoberta e posterior estudo, os restos mortais encontrados em Jebel Sahaba, norte do Sudão, evidenciam que uma comunidade tenha sido alvo de ataques de grupos muito violentos.

Pela teoria aceita atualmente, a motivação para os ataques seriam mudanças climáticas. Elas teriam motivado que agrupamentos com recursos limitados se aproximassem do Vale do Nilo. Lá chegando, combateram por alimentos, suprimentos e pelo domínio da terra.

3. Ruínas de Tell Hamoukar (Síria)

Um dos maiores sítios arqueológicos da Idade do Bronze descobertos, Teel Hamoukar está no terreno que compreendia a Mesopotâmia. Trabalhos de escavação conduzidos no início dos anos 2000 identificaram que a cidade ali presente, Hamoukar, foi destruída por volta do ano de 3500 a.C., em uma sangrenta batalha.

A se confirmar a precisão das datas, isso significa que essa pode ter sido a guerra urbana mais antiga registrada no Antigo Oriente. Entre as hipóteses levantadas para o desenrolar da guerra, seria o desejo de outra cidade, Uruk, em expandir seus domínios, levando à completa destruição de Hamoukar.

4. Cidade Maia de Witzna (Guatemala)

No norte da Guatemela, um sítio arqueológico guarda as ruínas de uma antiga cidade maia chamada Witzna. Pesquisas por lá conduzidas identificaram que um grande conflito foi deflagrado na região, levando, entre outras coisas, a que plantações fossem queimadas, degradando o solo.

Porém, o que terminou de fazer ruir as estruturas daquele povo foi terem passado os próximos anos em sucessivas guerras de pequeno porte. As seguidas batalhas na região ampliaram essas queimadas, que juntamente com os longos períodos de seca ajudaram a levar ao colapso a civilização maia.

5. Poço da Morte de Talheim (Alemanha)

Mais um sítio arqueológico localizado na Alemanha, o Poço da Morte de Talheim foi descoberto em 1983. Tratava-se de uma vala comum, em que os pesquisadores encontraram restos mortais de 34 pessoas.

O povo que vivia nessa região, o Linearbandkeramik, foi responsável por uma das culturas agrícolas mais antigas de toda Europa. Indícios apontam que eles teriam iniciado uma série de massacres (ou até mesmo atos de canibalismo) por volta de 5200 a.C., em virtude da crescente desigualdade entre eles.

O poço que dá nome a esse sítio arqueológico sugere que os LBK, como também são conhecidos (em virtude do estilo cerâmico por eles desenvolvido), teriam guerreado contra outros grupos, invadindo suas terras e sequestrado suas mulheres. Por essa razão, os corpos ali seriam predominantemente de homens.

#SuperCurioso | www.supercurioso.online

Previous post Jubileu da rainha: veja como a celebração mudou ao longo dos anos
Next post Como um engenheiro escondeu adegas de vinho sob a ponte do Brooklyn