Esteja você andando por um parque, uma trilha ou pelas ruas de uma cidade, as chances de se deparar com um cocô de cachorro parado no chão são relativamente grandes. No fim das contas, muitos donos ficam com preguiça de recolher os excrementos de seus pets ou simplesmente acham que isso faz parte da natureza e não poderia fazer mal à ninguém. 

É por isso que muitas cidades até mesmo criam leis para punir as pessoas que evitam pegar as fezes de seus cães do chão — o que não impede por completo o perigo que isso gera ao mundo. De acordo com novos estudos, milhões de toneladas de cocô canino são produzidas todos os anos apenas nos Estados Unidos, algo que tem gerado um impacto notável na saúde pública e no meio ambiente. Entenda!

Fonte de doenças

(Fonte: Shutterstock)(Fonte: Shutterstock)

Por mais inofensivo que pareça, o cocô de um cachorro é carregado de microrganismos que podem deixar as pessoas doentes. Para se ter ideia, um único grama chega a conter cerca de 23 milhões de Escherichia coli e outras bactérias coliformes fecais. Além disso, essas fezes podem ser hospedeiras de salmonela, ancilostomíase e outras doenças.

Outro agravante é que os excrementos de cachorros podem estar contribuindo para a tendência universal do surgimento de infecções sofridas pelos seres humanos que são resistentes a antibióticos — e olha que nós não somos os únicos afetados pelo excesso de fezes caninas distribuídas ao redor do mundo.

Em geral, animais selvagens tendem a evitar áreas marcadas pelo cocô dos cães, mas a vegetação não tem muito como escapar. Os resíduos deixados para trás fazem com que plantas e árvores estejam mais propensas a doenças. Para os donos de fazendas, existem determinados parasitas presentes nas fezes dos cachorros que causam abortos em ovelhas e vacas. Logo, esse é um problema urgente que precisamos lidar.

Impactos no ecossistema

(Fonte: Shutterstock)(Fonte: Shutterstock)

A verdade é que deixar o cocô do seu cachorro no chão é simplesmente um “soco na boca do estômago” da Terra. Quando essas fezes são levadas pelas chuvas, elas podem poluir determinados cursos d’água, causar o fechamento de praias e até mesmo provocar mortes em viveiros de mariscos.

Um estudo feito pela Universidade do Colorado, em 2011, mostrou que as “fezes caninas são provavelmente a fonte dominante de bactérias dispersadas sob a forma de aerossol nos meses de inverno em Cleveland e Detroit (EUA)”. Ou seja, o cocô até mesmo permeia o ar que respiramos.

É importante falar que esses excrementos são grandes fontes de fósforo e nitrogênio para o ecossistema, dois principais componentes dos fertilizantes. Por si só, eles não são prejudiciais, mas estimulam a proliferação de algas no ambiente subaquático quando encontrados em grande quantidade — matando qualquer tipo de vida e torna a natação insegura.

E qual a melhor maneira de solucionar a maioria desses problemas? Basta não deixar as fezes no chão. Apenas recolher o cocô de seu cachorro remove 97% de todo o fósforo do solo, 56% do nitrogênio e reduz drasticamente a probabilidade do surgimento de doenças.

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