Muitas mulheres tiveram suas vidas registradas na história por conta de grandes feitos – que, nem sempre, promoveram o bem de outras pessoas. Isto é ainda mais impressionante porque sabemos que, por milênios, as mulheres tiveram poucas chances de se destacar coletivamente. Neste texto, contamos a história de mulheres que foram realmente destemidas.
1. A sanguinária Condessa Elizabeth Bathory de Ecsend
(Fonte: Biography)
A condessa Elizabeth Bathory de Ecsend (1560 – 1614) é considerada uma das mulheres mais sanguinárias da história. Ela era uma aristocrata muito rica que ficou conhecida por ter matado centenas de jovens entre 1585 e 1609, sendo considerada uma serial killer extremamente cruel.
Elizabeth nasceu em uma família rica que governou a Transilvânia, que era um principado do reino da Hungria. Ela foi prometida para o casamento com um aristocrata, mas acabou engravidando de um plebeu. Em represália, seu então noivo mandou castrar seu amante. Sua primeira filha, quando nasceu, foi escondida.
Ela casou com o noivo em 1575, mas o traiu durante toda a vida. Elizabeth então começou a se tornar sádica: passou a torturar e matar jovens, especialmente meninas, tanto pobres quanto ricas.
Não bastando assassinar essas adolescentes, Elizabeth também usava métodos absurdamente cruéis: ela a atacava com facas, perfurava e queimava seus lábios com brasa, mordia seus seios e rostos e as espancava. Já no inverno, mandava as mulheres para a neve e as congelava. No verão, cobria as vítimas com mel e as via ser atormentadas por abelhas e outros insetos.
Para finalizar sua loucura, ela bebia e se banhava no sangue das vítimas, imaginando que isso a tornaria eternamente jovem. Junto com seus cúmplices, Elizabeth foi julgada apenas em 1610, depois de ter matado 650 pessoas. Ela nunca foi mandada para a prisão, mas permaneceu confinada dentro de um quarto sem janelas em um castelo na Eslováquia, onde morreria 5 anos depois.
2. Joana D’Arc, a heroína da França
(Fonte: UOL Educação)
Joana D’Arc, heroína nacional da França, é provavelmente a guerreira mais famosa de todos os tempos. Ela foi uma camponesa que teve uma participação muito relevante na Guerra dos Cem Anos. Mas a verdade é que, desde sua infância, Joana D’Arc chamou a atenção.
Filha de uma família muito católica, quando criança, ela teria começado a ter visões de santos, que a orientaram que teria de lutar para ajudar a salvar a França. O país estava arrasado e desmoralizado frente a várias derrotas para a Inglaterra, em uma disputa iniciada em 1328, quando o rei francês Carlos IV, faleceu e não deixou herdeiros diretos para o trono.
Em 1429, Joana D’Arc, que tinha 16 anos, convenceu Carlos VII, o herdeiro francês, a lhe dar um exército para liderar. Ela recebeu soldados, armas, armaduras e passou a comandar as tropas, tendo um papel muito ativo na Guerra dos Cem Anos.
Várias de suas batalhas foram bem sucedidas, repelindo as tentativas inglesas de conquistar a França. Joana também convenceu o delfim Carlos VII a se auto-intitular rei.
Em uma expedição em 1430, Joana foi derrubada do cavalo e capturada pelos ingleses. Presa, ela foi acusada de heresia e feitiçaria. Acabou queimada na fogueira aos 19 anos. Em 1920, foi canonizada pela Igreja Católica e considerada uma santa.
3. A pirata chinesa Zheng Yi Sao
(Fonte: Acast)
Zheng Yi Sao, que também era chamada de Madame Chin, viveu entre 1775 e 1844. Ela era uma pirata chinesa, pertencente à dinastia Qing. O grupo de bandidos comandado por ela aterrorizou o sul da China no século XIX.
Madame Chin desafiou o império britânico, português, e a própria dinastia Qing. E o mais impressionante é que, depois de tantos crimes, ela conseguiu sobreviver e se “aposentar” de sua vida pirata.
Zheng Yi Sao era uma ex-prostituta que se casou com um pirata poderoso chamado Cheng. Quando ele morreu, ela herdou seu “negócio” e passou a ser chamada de Ching Shih, que quer dizer “Viúva de Cheng”.
O mais curioso é que sua fama superou muito a do falecido marido. Ela era conhecida pelo talento ao escolher seus subordinados. Um deles foi Cheung Po Tsai, um filho de pescador sequestrado por Madame Ching e revelou ter um pendor para a criminalidade, tornando-se seu braço direito. Em pouco tempo, eles se casaram.
No auge de seu poder, Madame Ching e seu novo marido comandavam 300 navios com cerca de 80 mil bandidos. Em 1810, ela resolveu se aposentar dos negócios e voltou à sua cidade natal, onde abriu uma casa de jogos e um bordel. Morreu pacificamente em sua casa em 1844.
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