Donos de iPhone ao redor do mundo seguem como vítimas em potencial do Pegasus, o malware espião capaz de roubar informações de um aparelho praticamente sem deixar rastros. A informação é da empresa de cibersegurança iVerify.

Na metade de 2024, a companhia fez um estudo para descobrir qual é a atual situação do Pegasus nos dispositivos da Apple. Para isso, ela liberou pelo valor simbólico de US$ 1 um aplicativo próprio de detecção de ameaças capaz de escanear o smartphone em busca de ameaças mais sofisticadas.

Como resultado, o estudo envolveu começou 3 mil pessoas e encontrou sete infecções pelo Pegasus. Na segunda etapa, com mais de 18 mil participantes, foram 11 casos registrados apenas em dezembro de 2024. O dado mais preocupante, porém, é o de que a Apple só avisou aproximadamente metade dessas vítimas de que elas foram potencialmente espionadas por essa ameaça.

Normalmente, a Maçã alerta esses usuários por meio de uma notificação por ser capaz de encontrar indícios da invasão, mas o estudo agora aponta que nem ela consegue identificar todos os casos. Em outras palavras, isso significa que muitos usuários possivelmente foram infectados e tiveram a privacidade quebrada sem saber disso. Até o momento, a companhia não se pronunciou oficialmente sobre o caso.

Pegasus não costuma atacar consumidor padrão

A taxa de infecção pelo Pegasus no estudo da iVerify é considerada baixa, com cerca de 1,5 positivos para cada mil pessoas. Entretanto, essa amostra não chega a ser tão representativa da realidade, já que os ataques a partir do Pegasus não costumam funcionar igual a infecções tradicionais de malware.

A plataforma de espionagem tende a ser contratada e utilizada apenas contra vítimas específicas — como empresários, advogados, jornalistas, ativistas e políticos de países em momentos de tensão social, governos autoritários ou conflitos civis. Usuários sem qualquer envolvimento com essas questões, portanto, tendem a não ser alvos do Pegasus.

A Apple chegou a processar o NSO Group, responsável pelo Pegasus, e as atividades foram reduzidas há alguns anos. Porém, os ataques do malware continuaram em dispositivos móveis com Android e iOS, inclusive ao longo de 2024. O último alerta massivo da Maçã envolveu usuários de 98 países que tiveram os aparelhos comprometidos pelo spyware.

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