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1. A galáxia canibal NGC 3640

A galáxia NGC 3640, situada a 88 milhões de anos-luz da Terra, é uma verdadeira “predadora cósmica”: usando imagens do Very Large Telescope (VLT) do Observatório Europeu do Sul, astrônomos observaram que a NGC 3640 tem uma história de fusões com outros sistemas ao longo de bilhões de anos e constantemente absorve galáxias menores.

Recentemente, ela parece estar em rota de colisão com a galáxia NGC 3641, que está prestes a se tornar sua próxima “refeição”.

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Galáxia NGC 3640 observada pelo VLT. (Fonte: VLT/ESO)

As imagens também revelaram que NGC 3640 apresenta distorções em sua forma, resultado de fusões anteriores. Esse tipo de interação entre galáxias pode deformar as estruturas originais e gerar “cicatrizes” visíveis, compostas por estrelas mais antigas.

Essas estrelas servem como marcadores fósseis, revelando o passado turbulento de NGC 3640 e confirmando que ela tem absorvido outras galáxias ao longo do tempo.

Embora NGC 3640 esteja se aproximando de NGC 3641, ainda não há sinais de que a galáxia menor tenha sido afetada pela atração gravitacional do vizinho maior, o que sugere que NGC 3641 pode ter mais tempo antes de ser engolida.

2. O que é o vento solar?

O vento solar é um fluxo contínuo de partículas carregadas, principalmente prótons e elétrons, ejetadas pela coroa solar, a camada externa da atmosfera do Sol. Essas partículas viajam pelo espaço a velocidades que podem chegar a 900 km/s e se estendem por todo o Sistema Solar, criando um ambiente dinâmico ao redor dos planetas e corpos celestes.

A pressão do vento solar pode interagir com os campos magnéticos dos planetas, como o da Terra, e até mesmo influenciar a formação das auroras boreais e austrais. A coroa solar, extremamente quente, é capaz de ionizar os gases nela presentes, liberando partículas carregadas para o espaço.

O vento solar é, portanto, uma manifestação dessa atividade, sendo essencial para entender a física do Sol e suas interações com o meio ambiente espacial. Quando o vento solar atinge a Terra, ele interage com o campo magnético do planeta que serve de “barreira” que protege a superfície terrestre da radiação cósmica nociva.

Embora o vento solar tenha efeitos interessantes e observáveis em nosso planeta, ele também pode representar desafios para a exploração espacial. Em missões a longas distâncias, como as de sondas enviadas ao espaço profundo, as partículas do vento solar podem afetar os sistemas eletrônicos das naves, além de representar um risco para os astronautas.

O estudo contínuo do vento solar ajuda os cientistas a melhorar a previsão de tempestades solares e a entender melhor os fenômenos que ocorrem no espaço, contribuindo para a proteção de satélites e futuras missões espaciais.

3. Ácido sulfúrico como componente para a vida?

Uma nova pesquisa publicada por uma equipe internacional liderada por cientistas do MIT propõe que, além da água, a vida alienígena pode depender de outros líquidos, como o ácido sulfúrico concentrado.

Segundo a equipe, isso ocorre porque, embora a água seja o solvente ideal para a química da vida na Terra, em planetas como Vênus, onde a atmosfera é composta principalmente de ácido sulfúrico, esse composto pode ser uma alternativa viável.

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Estudos recentes mostram que o ácido sulfúrico pode ser um componente químico fundamental para a vida em alguns exoplanetas. (Fonte NASA)

A pesquisa sugere que o ácido sulfúrico pode dissolver os componentes essenciais para a vida, como aminoácidos e lipídios, sem destruir as moléculas necessárias para os processos celulares. O estudo analisou várias substâncias que poderiam servir como solventes em outros planetas, incluindo metano, amônia e até rochas derretidas.

A conclusão surpreendente foi que o ácido sulfúrico pode ser capaz de sustentar uma biologia complexa, visto que muitas moléculas orgânicas podem sobreviver e reagir nesse ambiente altamente ácido, algo que seria impensável em condições terrestres. Essa descoberta abre novas possibilidades para a astrobiologia, sugerindo que a vida pode se desenvolver de formas radicalmente diferentes das que conhecemos.

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