Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e também professor de Direito, Alexandre de Moraes criticou duramente as grandes empresas de tecnologia e donas de redes sociais. Em uma aula inaugural da Universidade de São Paulo (USP), o magistrado reclamou do atual comportamento de várias companhias.

“As big techs não são enviadas de Deus, como alguns querem, não são neutras. São grupos econômicos que querem dominar a economia e a política mundial, ignorando fronteiras, a soberania nacional de cada um dos países e as legislações para terem poder e lucro”, apontou o ministro, segundo o Valor Econômico.

Sem citar nomes de empresários ou companhias, Moraes citou ainda que essas companhias querem “liberdade para fazerem o que querem” por serem grandes grupos econômicos e se transformaram em “instrumento para um discurso fascista“.

Moraes também defendeu que as Big Tech consideram a democracia como um negócio e que, assim como produtos, elas vendem candidatos de sua preferência. Além disso, ele afirma que elas “foram instrumentalizadas para a atacar os três pilares da democracia” sem explicar que são contra atividades democráticas, mas a partir de uma tomada de poder e contestação de movimentos como as eleições.

Segundo o ministro, os “ataques organizados, competentes e lamentavelmente eficazes” têm sido bem sucedidos em “fazer essa verdadeira lavagem cerebral no mundo” e até interferir na política de países.

Alexandre de Moraes contra as Big Tech

Apesar das fortes críticas e de citar grupos ideológicos de extrema-direita como os grandes responsáveis por essa situação, o ministro do STF atribui maior responsabilidade às plataformas digitais

“Não foram as big techs, as redes sociais, que geraram esse sentimento de rancor”, defende Moraes, alegando que elas “souberam captar” as pessoas e transformaram as redes em “um mecanismo de doutrinação em massa”. Para ele, esses serviços “trabalham com amor ou ódio, não há espaço para meio-termo“.

Moraes é o ministro do STF que mais participa de investigações envolvendo desinformação nas redes sociais e é a favor de uma possível regulamentação das Big Tech no Brasil. Até por isso, ele se transformou em um dos alvos favoritos dos grupos que costuma julgar.

Ele também foi o responsável pela suspensão por quase dois meses do X, o antigo Twitter, pela falta de cooperação de Elon Musk com a Justiça brasileira. Atualmente, Moraes — que deixou a rede social por vontade própria recentemente — também suspendeu as atividades do Bumble no país e pode ter que encarar processos nos Estados Unidos por essa decisão.

O que você acha da regulamentação das redes sociais e o estabelecimento de mais responsabilidades para essas empresas no Brasil? Conte a sua opinião para a gente nas redes sociais!

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