As polêmicas em torno do hardware e possível desempenho do Nintendo Switch 2 continuam. Desta vez, os especialistas do Digital Foundry puderam testar Cyberpunk 2077 no vindouro console e apontam uma experiência graficamente bonita, mas instável em termos de desempenho — mesmo com o Switch 2 rodando em 540p no modo portátil.
Em um vídeo, o editor de tecnologia do veículo, Richard Leadbetter, testou uma unidade do console em modo qualidade e performance. Esse modo qualidade mira a resolução 1080p a 30 FPS, enquanto a performance fica em 1080p a 40 FPS, ambos com o console na dock. Em modo portátil, no entanto, o aparelho roda no modo performance a 720p e 40 FPS.
O site ainda aponta que boa parte das imagens cedidas pela Nintendo sobre o Switch 2 podem estar rodando via resolução dinâmica. Não é possível afirmar isso somente em uma jogatina a olho nu, mas a análise do site baseada em arquivos da empresa indica uma gameplay a 540p em modo portátil e algo entre 720p e 1080p quando na dock.

Mesmo com todo esse esforço da Nintendo e da CD Projekt Red em otimizar Cyberpunk 2077 para o console, a experiência é mista. Umas voltas na região de Dogtown sofrem com stuttering, assim como qualquer travessia no mundo aberto que a empresa polonesa criou, ocasionando quedas na taxa de quadros e mais travadinhas chatas.
Já nas partes internas, como em diversos momentos na introdução do game, a jogatina fica melhor, com nível de FPS mais alto. Isso é algo geralmente sempre esperado, visto que essas áreas exigem menos processamento gráfico e cálculo de física complexa por parte do processador.
Limitações de hardware?
A performance de Cyberpunk 2077 no Nintendo Switch 2 não é exatamente a melhor do mundo, segundo a descrição do Digital Foundry, e sinceramente isso não surpreende tanto. Contudo, é importante lembrar que o console será lançado em junho, e até lá as empresas envolvidas podem melhorar a otimização do game.
Mesmo assim, o hardware do Switch 2 dá claros indícios que não será super poderoso assim. Embora a fabricante não tenha revelado oficialmente o chip utilizado no console, inúmeros vazamentos apontam para o chip customizado da Nvidia com oito núcleos Cortex-A78 de até 1,10 GHz em modo dock.
Para a GPU integrada, a companhia usará a Nvidia TS39 da geração Ampere, com 1.534 núcleos CUDA, até 48 ROPS e dois núcleos para aceleração de Ray Tracing, além de utilizar os 12 GB de memória compartilhada do sistema. Basicamente, essa é uma GeForce RTX 2050 modificada, e conta com auxílio do DLSS e é compatível com Ray Tracing.
Por mais que todo o chip tenha os oito núcleos, um dos principais problemas para rodar Cyberpunk 2077 pode ser uma limitação no processador. Como o game também é extremamente complexo ao nível de mundo, com muitos NPCs e veículos, e eventos aleatórios, pode haver uma sobrecarga no componente.
Vale lembrar que não há nenhum tipo de menção oficial que confirme a utilização do DLSS nesses jogos, algo que certamente poderia melhorar a performance dos títulos, principalmente em Cyberpunk. O game é conhecido por sua boa implementação das tecnologias da Nvidia, mas o software de upscaling não parece estar sendo utilizado pela Big N.
Com esse conjunto de informações, as desenvolvedoras vão precisar de mais otimização para colocar Cyberpunk 2077 rodando de forma bem lisa no Switch 2. Novamente, é bom salientar que ainda há tempo para melhorias e isso não significa que o hardware do Nintendo Switch 2 é essencialmente ruim ou algo do tipo — mas também não podemos dizer que essa é uma notícia das mais animadoras.
Para saber mais sobre o desempenho do Nintendo Switch 2, é só ficar conectado no site do Voxel. Inclusive, a performance geral do console pode ser bem parecida com a do PlayStation 4 base.
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