Lançado nos cinemas de vários países no final de março, o filme live action que reimagina a história de Branca de Neve não vai ser exibido no Líbano. As autoridades do país decidiram proibir o lançamento do longa-metragem devido à presença da atriz Gal Gadot no papel da Rainha Má.
A pedido do Ministro do Interior do país, Ahamad Al-Hajjar, quaisquer produtos de mídia que contem com a presença da atriz devem ser boicotados. O motivo para isso tem a ver com as relações do país com Israel e com os posicionamentos públicos que Gadot tem em defesa de suas ações militares.
Entenda porque Branca de Neve foi banido do Líbano
Em um comunicado enviado à Variety, a Italia Films, que costuma trazer os projetos da Disney para o Líbano, afirmou que já havia previsto o bloqueio do longa no país. A empresa afirma que a intérprete da Rainha Má está há um longo tempo em uma “lista de boicote a Israel” que tem como objetivo não dar espaço a obras associadas ao país.
Assim, não somente Branca de Neve, como nenhum outro filme com a presença de Gadot jamais foi lançado dentro do território libanês. Antes de aparecer na versão live action do conto de fadas, a atriz foi a estrela de filmes como Mulher-Maravilha, Morto no Nilo, Agente Stone e Red Notice, entre outros.
Desde que intensificou sua guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza após os ataques de 7 de outubro de 2023, Israel também realizou ataques contra territórios libaneses. Um dos mais recentes deles aconteceu no final de março, quando a região sul do país foi bombardeada — ela estaria sendo usada como base pelo grupo Hezbollah.
Nascida em Israel, Gal Gadot passou pelo treinamento das forças armadas do país e é uma defensora bastante vocal de suas ações. Ela também tem sido crítica às manifestações pró-Palestina que estão acontecendo nos Estados Unidos, se unindo aos discursos que acusam os participantes de serem antissemitas.
Além de Branca de Neve, o Líbano também barrou a exibição de outro longa-metragem com a marca da Disney em tempos recentes. Capitão América: Admirável Mundo Novo também não foi exibido dentro do país devido à presença da atriz israelense Shira Hass como um dos membros de seu elenco.
Declarações de Gadot envolveram o longa em outras polêmicas
O posicionamento público da Gadot em favor das ações de Israel já havia rendido outras polêmicas para Branca de Neve. Além de terem gerado algumas campanhas para que o filme fosse boicotado, elas também provocaram algumas tensões com a atriz Rachel Zegler, que se posicionou favoravelmente à causa da Palestina.
Internamente, a Disney teria expressado apoio a Gadot, chegando a pressionar Zegler para que ela abandonasse sua postura — ao menos de forma pública. Segundo a Variety, o produtor do longa-metragem, Marc Platt, teria se encontrado diretamente com a atriz em Nova York para pressioná-la a mudar de atitude e apagar publicações em suas redes — estratégia que não surtiu efeito.
Posteriormente, a companhia teria contratado um “guru de mídias sociais” para analisar os comportamentos da atriz e todas as suas publicações antes de elas serem compartilhadas. Muitos fãs temem que, dado sua postura crítica de Isreal e ao presidente Donald Trump, Zegler possa entrar em uma “lista negra” de Hollywood e não seja convocada para novos projetos.
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