Importar eletrônicos da China é sempre algo visado por quem faz compras internacionais, seja para revender em e-commerces ou até mesmo para consumo próprio. Afinal, algumas das principais fabricantes deste tipo de produto são oriundas deste país asiático.
Mas será que ainda está valendo a pena trazer produtos de lá para o Brasil, com todas as mudanças tarifárias em vigor? A seguir, você confere todas as informações que precisa saber sobre este tipo de transação.
Como funciona a importação de produtos da China?

Quem tem interesse em importar produtos da China precisa se organizar quanto às principais etapas desse processo. Vejamos quais são elas a seguir:
- Identificação dos produtos: etapa em que se escolhe quais tipos de eletrônicos se vai importar;
- Seleção dos fornecedores: aqui, é necessário analisar a reputação e o histórico dos fornecedores dos quais se irá fazer a importação;
- Negociação de preços: ocorre de acordo com a quantidade mínima do pedido, prazos de entrega, taxas e formas de pagamento;
- Preparo do documentação: o importador e o fornecedor organizam os documentos necessários para a transação, para que não haja problemas no envio e na chegada no Brasil;
- Desembaraço aduaneiro: é necessário cumprir as regulamentações locais, pagando os tributos de importação e exportação;
- Transporte: é realizado de acordo com o modal mais vantajoso em termos comerciais e de tempo de entrega.
Quais são os impostos cobrados para a importação?

As importações devem ser feitas por empresas quando o objetivo é fazer a revenda. Sobre essas compras vindas do exterior, irá incidir as diferentes taxas de importação de acordo com as modalidades variadas. A seguir, apresentamos os 5 tipos de impostos que podem incidir sobre as compras internacionais realizadas por empresas no Brasil:
- Imposto de importação: o valor pode variar de 0 até 35% do preço, com base na categoria de produto;
- Imposto de produtos industrializados: calculado por uma combinação entre o valor da mercadoria e o imposto de importação. A alíquota vai variar de acordo com o tipo de produto importado;
- Programa de Integração Social (PIS): aponta uma alíquota de 1,6% a 2,1% do valor do produto, e é a mesma taxação que acontece nos produtos brasileiros;
- Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS): a alíquota varia entre 3% a 7,6% do valor do produto;
- Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS): utiliza a alíquota de acordo com o estado de destino da mercadoria.
As empresas importadoras ou mesmo os indivíduos ainda podem optar por um tipo de taxação chamada de Importação Simplificada. Trata-se de um regime aduaneiro que permite importar mercadorias de até US$ 3 mil por operação. É uma opção mais simples de realizar e não necessita de registro do CNPJ na Receita Federal ou despachante aduaneiro – ou seja, pode também ser realizado por pessoas físicas.
Ela é interessante para importações de quantidades pequenas de produtos. Neste caso, o valor do produto, frete e seguro precisam estar no valor limite de US$ 3 mil e o declarante paga o Imposto de Importação, que é de 60% sobre o valor da importação. Funciona, inclusive, para eletrônicos, como relógios inteligentes, celulares e componentes eletrônicos diversos.
Riscos durante a importação de eletrônicos

Ainda que possa valer muito a pena importar eletrônicos da China, é necessário também avaliar alguns riscos no processo. Eles envolvem desde a diligência na escolha de fornecedores até a compreensão correta da regulamentação existente nos dois países.
Alguns dos fatores a serem analisados são os seguintes:
- Logística: questões referentes ao transporte, ao desembaraço aduaneiro e à tributação, que podem atrasar ou extraviar mercadorias;
- Qualidade dos produtos e golpes: é necessário sempre verificar com esmero a reputação dos fornecedores escolhidos. Além disso, produtos oferecidos com preços muito abaixo do valor de mercado podem ter qualidade questionável;
- Custos: é preciso avaliar os outros custos da operação, como os que envolvem seguro, transporte, armazenagem, impostos, e outras taxas;
- Documentação: quando não é bem executada, pode gerar multas, atrasos, e até apreensão da carga, o que causa um prejuízo enorme;
- Riscos aduaneiros: há o risco da fiscalização barrar as mercadorias se elas não estiverem em conformidade com as normas brasileiras.
Analisados todos esses aspectos, o importador pode por fim adquirir segurança e fazer a transação de compra de produtos eletrônicos chineses sem problemas.
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