A rápida expansão da quantidade de satélites ao redor da Terra, seja para fornecer serviços de telecomunicações, navegação ou vigilância, entre outros, está levando o risco de colisões orbitais para um nível crítico. É o que alerta um estudo feito pela Novaspace, publicado na última semana.
Conforme a consultoria dedicada ao setor espacial, a implantação de megaconstelações de satélites em órbitas mais baixas é um dos principais fatores para o aumento desse risco. Empresas como a SpaceX, responsável pela Starlink, têm lançado cada vez mais satélites para ampliar sua cobertura, aumentando o “congestionamento” no espaço.

Diante desse quadro, o relatório Inteligência de Mercado de Consciência Situacional e de Domínio Espacial (SSDA) aponta que os eventos de colisão orbital já não são mais uma questão de se ocorrerão e sim de quando irão acontecer. O mesmo vale para as falhas críticas desses equipamentos em órbita, outro grande problema.
O levantamento prevê, ainda, que os investimentos com as operações espaciais vão saltar dos US$ 4,8 bilhões (R$ 28,1 bilhões) gastos em 2024 para US$ 6,2 bilhões (R$ 36,3 bilhões) até 2030. Parte desta receita deve ser destinada às atividades militares em órbita, principalmente relacionadas a países como Estados Unidos, Rússia e China.
Reforçando a segurança orbital
Para mitigar os riscos das colisões orbitais, a empresa sugere a canalização de uma parcela desses investimentos para os esforços de segurança orbital. Isso inclui o desenvolvimento de redes de sensores e outras tecnologias que contribuam para a proteção da infraestrutura de satélites.
A Novaspace destaca, também, a necessidade da participação de todos os interessados no setor para a formulação de políticas de gerenciamento do tráfego orbital, como empresas, governos e órgãos reguladores. Dessa forma, seria possível viabilizar as operações espaciais a longo prazo, reduzindo as chances de problemas.
As colisões orbitais mais comuns são aquelas que ocorrem entre satélites, mas é possível que elas envolvam satélites e objetos naturais como asteroides e meteoritos, mais raramente. Os impactos com fragmentos de outros equipamentos em órbita também costumam acontecer.
Além da destruição dos satélites, interrompendo uma série de serviços que dependem deles, esses eventos aumentam a quantidade de lixo espacial, colocando a Estação Espacial Internacional em risco. Também há riscos de que os detritos caiam na Terra.
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