O Brasil vai aceitar o convite da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e fará parte do grupo de aliados da entidade fundada na década de 1960. A decisão foi anunciada hoje (18) pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

Esse grupo, que funciona como uma extensão da organização principal e utiliza a sigla Opep+, é formado por nações que auxiliam na regulação da produção do setor e na mediação entre membros e não membros. Dessa forma, o Brasil não será um integrante pleno da Opep, que tem Arábia Saudita, Irã, Venezuela e Emirados Árabes Unidos entre os participantes.

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O Brasil não fará parte do grupo principal da Opep. (Imagem: Getty Images)

Ainda de acordo com Silveira, o país também vai aderir à Agência Internacional de Energia (IEA) e à Agência Internacional de Energia Renovável (Irena), além de ser o primeiro a assinar a “carta de cooperação” da organização. A entrada neste último organismo internacional havia sido suspensa na administração anterior.

Para o governo, a adesão do Brasil à Opep+ é essencial para a estratégia de aumentar sua influência no setor energético global. Além disso, o país poderá ampliar os debates relacionados à transição energética entre as nações que fazem parte do bloco.

Brasil na Opep+ gera críticas de ambientalistas

A decisão tomada em meio aos preparativos para a Conferência das Nações Unidas para o Clima (COP30), que acontecerá em Belém (PA) no final do ano, gerou críticas entre ambientalistas. Na visão deles, o movimento contradiz o que o governo diz defender sobre as mudanças climáticas, ao se aproximar de grandes produtores de combustível fóssil.

Questionado sobre isso, o ministro afirmou que também é ambientalista e minimizou as reclamações. “Quero entender o que está por trás desse discurso de que é uma contradição participar de um fórum que discute transição energética”, comentou Silveira, após reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), conforme o g1.

Com produção de 3,6 milhões de barris de petróleo por dia, o Brasil é o nono maior produtor global e o primeiro da América Latina. O convite para ingressar na Opep+ foi feito no final de 2023.

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