Segundo uma pesquisa desenvolvida pela plataforma de câmbio TechFX, brasileiros que trabalham para empresas internacionais ganham até 220% a mais do que em companhias nacionais. O estudo foi realizado entre novembro e dezembro de 2024, e entrevistou 1.611 brasileiros, dos quais 1.433 trabalham para empresas do exterior.

Dados do levantamento apontam que profissionais brasileiros em cargos juniores no setor de tecnologia recebem, em média, R$ 4.000 mensais ao trabalharem para empresas brasileiras. Em contrapartida, quem presta os mesmos serviços para companhias internacionais recebe um salário médio de R$ 13.000.

Essa lógica se aplica a outras classificações hierárquicas, como funcionários plenos, que ganham cerca de R$ 7.800 ao trabalhar para brasileiros, e R$ 24.000 ao serem empregados em companhias do exterior. O nível sênior possui a menor disparidade percentual da pesquisa, de 130%, pois as marcas gringas pagam a média de R$ 35.000 por mês, enquanto as brasileiras pagam R$ 15.000.

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Estudo foca em avaliar somente profissionais da área da tecnologia (Imagem: TechFX/Reprodução)

Alta do dólar e domínio no inglês

Segundo o estudo, os Estados Unidos lideram a lista de países que mais contratam brasileiros para trabalhar, com 85%. Em seguida, Austrália e Canadá ficam na segunda colocação, empatados com somente 1,85% das contratações.

Para o CEO da TechFX, Eduardo Garay, um dos fatores que mais contribuem para a disparidade nos pagamentos tem relação com a alta do dólar, além do nível de qualificação dos brasileiros. “Os profissionais brasileiros têm se destacado pela capacidade técnica e pela adaptabilidade em desafios globais, o que os torna ativos valiosos para empresas no exterior. Quando combinamos isso com a desvalorização do real, o cenário é de remunerações internacionais muito mais atrativas”, sugere Garay.

Esse levantamento ainda aponta que o nível de domínio na língua inglesa impacta diretamente no valor dos salários. Por exemplo, quem é fluente no idioma tende a receber 55% a mais do que profissionais de nível avançado, e 84% dos entrevistados dizem dominar completamente essa segunda língua.

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