Atualmente temos à disposição diversos antibióticos que passaram por um longo processo de pesquisa antes de chegar ao mercado. Entretanto, há casos em que determinados compostos foram descobertos por acaso, e entre estes podemos citar a penicilina.
O experimento que deu errado
No ano de 1928, o médico e professor Alexander Fleming estava conduzindo uma pesquisa com o intuito de observar o comportamento do Staphylococcus aureus, bacilo capaz de causar infecção generalizada.
Entretanto, acabou surpreso ao ver que, por conta do calor, as bactérias em questão acabaram morrendo após o surgimento de uma substância originária do fungo Penicillium chrysogenum, que tinha aparência de bolor. O mais curioso: esse composto conseguia matar muitas bactérias comuns que causam infecções em seres humanos.
Penicilina começou a ser bastante utilizada após a Segunda Guerra Mundial. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)
Pouco tempo depois, Fleming deu a essa substância o nome de penicilina, conduzindo assim o primeiro passo na criação dos antibióticos — palavra que nem sequer existia nessa época, mas se tornou comum com o passar das décadas seguintes.
Uso amplo
A descoberta do pesquisador foi anunciada ao mundo em 1929 com diversos estudos de viabilidade acontecendo nos anos seguintes. Apenas 12 anos depois, em 1941, foi publicado um teste com resultados benéficos em seres humanos. Porém, nesse período ainda havia o problema da produção em larga escala, cenário que mudou algum tempo depois.
A partir daí, o antibiótico passou a ser mais divulgado e utilizado, especialmente durante o período da Segunda Guerra Mundial. Ele foi bastante eficaz para tratar diversos soldados feridos em batalha, fazendo seu criador ganhar vários prêmios por conta disso.
O maior deles sem dúvidas veio ainda em 1945, quando Alexandre Fleming recebeu o Prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia pela descoberta da penicilina. Isso aconteceu em conjunto com Howard Florey e Boris Chain, que ajudaram nessa caminhada.
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