Os Correios registraram um prejuízo estimado em R$ 2,1 bilhões causado pela “taxa das blusinhas”, que entrou em vigor no segundo semestre de 2024. É o que aponta um levantamento feito pela empresa pública federal, revelado pelo g1 nesta sexta-feira (4).

Conforme o documento, a empresa tinha previsão de arrecadar R$ 5,9 bilhões no ano passado com o processo de transporte das compras importadas da China, realizadas em plataformas como AliExpress e Shopee, entre outras. No entanto, a mudança na lei proposta pelo Ministério da Fazenda levou a um novo cenário.

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Os Correios perderam espaço nas entregas das compras internacionais. (Imagem: Getty Images)

A partir das novas taxas que tornaram as compras no exterior mais caras, levando à queda nas vendas, o total arrecadado foi menor que o esperado, ficando em R$ 3,7 bilhões. Isso representa quase R$ 2,2 bilhões de prejuízo ou 37% a menos do que a estatal aguardava, em sua previsão original.

No início do ano passado, os Correios também haviam feito um cálculo considerando a possibilidade de sanção da lei que taxaria as compras internacionais, já discutida à época. Nesta estimativa, a empresa previa arrecadar R$ 4,9 bilhões com as entregas de mercadorias importadas, mas os resultados mostraram um prejuízo de R$ 1,7 bilhão.

Concorrentes ganham espaço

A lei que trouxe novas taxas aplicadas às comprinhas em marketplaces internacionais também resultou em uma mudança importante no setor logístico. Com a atualização das normas, mais empresas foram autorizadas a fazer o transporte das remessas internacionais pelo Brasil.

De acordo com o presidente dos Correios, Fabiano Silva, esse movimento causou um grande impacto na participação da estatal no setor. Se antes ela praticamente dominava esse tipo de serviço, a atualização da legislação gerou uma perda superior a 60%, ao abrir espaço para novos concorrentes.

“A gente tinha uma participação nesse segmento internacional em torno de 98% de mercado, ou seja, quase dominante, quase exclusivo nesse mercado. No mês de janeiro, a gente está em torno de 30 e poucos por cento”, explicou o executivo, durante evento na Câmara dos Deputados, na última quarta-feira (2).

Para reverter a situação, empresa pública estaria tentando alterar o decreto relacionado à tributação simplificada das remessas postais internacionais, segundo a reportagem. Dessa forma, seria possível tentar voltar ao mesmo cenário de antes das mudanças feitas no ano passado.

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