Muitos de nós certamente já ouvimos em algum momento da vida: se uma abelha picar você, ela morre pouco tempo depois. Porém, será que isso faz realmente sentido ou é apenas mais um mito passado entre gerações?

Afinal, morre ou não morre?

De maneira geral, é errado dizer que todas elas morrem após picar alguém. Então não, a abelha não vai partir dessa para uma melhor só porque atacou você.

(Fonte: Shutterstock)(Fonte: Shutterstock)

“Existem cerca de 20 mil espécies de abelhas em todo o mundo, e nem todas picam. Existe um grupo de abelhas chamado de ‘abelhas sem ferrão’ (tribo Meliponini), bem como as ‘abelhas mineiras’ (família Andrenidae), que tem ferrões, mas são tão reduzidos que se tornam praticamente ineficazes [em ataques]”, explicou Allyson Ray, estudante de doutorado em biociências moleculares celulares e integrativas da Penn State, à Live Science.

A título de curiosidade, há também alguns grupos de abelhas capazes de morder. Esses tipos são encontrados com mais facilidade nos trópicos, mostrando que o ferrão não é a única forma de ataque para esses insetos.

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Quanto ao grupo de abelhas que possui um ferrão maior em seu corpo, esse de fato pode morrer como consequência de uma picada, explica Ray.

“As abelhas morrem na maioria das vezes com consequência de suas picadas [em humanos ou outros animais]. Isso acontece por conta da anatomia de seu ferrão. É farpado e fica preso na pele, permanecendo no lugar em que foi cravado e continuando a bombear veneno para o infeliz receptor de sua picada”, continuou o pesquisador.

“Quando a abelha voa após picar uma pessoa, o ferrão permanece e os órgãos do intestino são puxados e separados, literalmente estripando o animal. Ele ainda é capaz de viver por várias horas após a picada, mas eventualmente morrerá por conta da perda de fluido e falência de órgãos internos”, concluiu Ray.

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