No nosso período escolar, é bom comum nos depararmos com alguns estilos de textos, e entre eles certamente estão o poema e a poesia. E, ainda que muitos possam pensar o contrário, não são a mesma coisa.
Quais as diferenças entre poema e poesia?
Em linhas gerais, um poema é um texto literário que contém versos, estrofes e, algumas vezes, rima. Já a poesia, por sua vez, nem sempre precisa estar baseada em palavras, já que também aceita formatos como pinturas e esculturas, apenas para citar alguns exemplos.
Tome por base, por exemplo, a pintura A Noite Estrelada, feita por Vincent van Gogh em 1889:
(Fonte: Toda Matéria/Reprodução)
Apesar de não conter nenhuma palavra, pode ser considerada uma poesia quando observamos todo o seu contexto, além de trazer uma abrangência muito maior aos sentidos de quem a observa. Claro, uma pintura não é a única forma de encontrar esse estilo, que também pode aparecer em uma fotografia, música, arte digital e até mesmo em uma peça publicitária.
Sendo assim, qualquer categoria de criação artística que possa causar algum efeito nas sensações, sentimentos e emoções do receptor pode ser considerada uma poesia.
Jogo de palavras
Já o poema, por sua vez, precisa necessariamente das palavras para existir. Além disso, ele possui algumas divisões de acordo com a sua temática. São elas:
- Poemas épicos: trazem a história de um herói, sendo uma epopeia um bom exemplo dessa modalidade;
- Poema lírico: nesse tipo de texto enxergamos um aspecto mais sentimental e subjetivo;
- Poema dramático: possuem elementos que permitem uma encenação daquilo que foi passado para o papel.
Outro ponto importante para a sua existência é o fato de ser escrito em versos, que podem ser rimados ou não. Um exemplo clássico, por exemplo, é o Soneto da fidelidade, de Vinícius de Moraes:
“De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.”
E aí, conhecia todas essas diferenças? Mesmo para aqueles que não estão em fase escolar ou de vestibular, é sempre bom saber e conseguir diferenciar os estilos existentes em nossa literatura.
#SuperCurioso | www.supercurioso.online