Rematch é um jogo que pode ser definido muito bem em uma palavra: peculiar. Anunciado no The Games Awards, o título é desenvolvido pelo estúdio Sloclap, especialista em projetos de luta e criador do cultuado Sifu.

No entanto, o game chega para competir em outro gênero: os jogos de futebol. Mas não pense que Rematch vai seguir os passos de UFL e competir com títulos da franquia EA FC(FIFA) ou eFootball. Aqui, a pegada é diferente, lembrando… Rocket League.

Em Rematch, os jogadores entram em campo em partidas de até cinco contra cinco, e cada um controla um dos atletas. Em uma arena fechada,que é basicamente uma “jaula digital”, o objetivo é simples: ir pra cima dos adversários e fazer gols, em uma competição que não possui faltas, impedimentos ou qualquer regra que não seja fazer a bola balançar a rede.

Gameplay é divertido, mas desafiador

Apesar de Rematch entregar muita liberdade no gameplay, o jogo também é extremamente desafiador, algo já esperado, considerando o estúdio por trás do projeto. Com visão tridimensional, o jogador é responsável por cada movimento do seu atleta, o que lembra o icônico “Rumo ao Estrelato” e suas variantes nos games tradicionais de futebol.

A diferença aqui é que os movimentos são ainda mais calçados na precisão. Seja no passe, chute ou marcação, você precisa combinar botões de ação e movimentação para conseguir realizar tudo sem parecer um perna de pau.

O resultado desse sistema é uma bagunça, mas que entrega diversão e satisfação. Com ações como um simples passe sendo complexas, marcar um gol orquestrando os movimentos com toda a equipe rende muita comemoração. Você vai sofrer no começo, mas com o tempo, as habilidades evoluem, as peças se encaixam e tudo faz sentido.

Jogo de Blue Lock?

Com todo mundo fazendo papel de atacante e o foco no gameplay cooperativo, Rematch me lembrou diretamente do anime Blue Lock — você pode ver o primeiro episódio completo abaixo. Sensação entre fãs do futebol, a produção mostra a história de um excêntrico técnico que tranca jogadores promissores em instalações de alta tecnologia com um único objetivo: criar o atacante perfeito para a seleção japonesa, que não fede e nem cheira na Copa do Mundo.

Repleto de momentos de câmera lenta e foco em técnicas minuciosas, Blue Lock tenta trazer um ar realista do futebol, mas possui tantos exageros que se tornou uma coisa própria. Rematch, talvez sem querer, acaba acertando nesta mesma tecla, aplicando conceitos que vemos no anime de futebol.

Todo mundo é atacante, mas alguém também ter que ser o goleiro — no caso de Rematch, o primeiro que pisar na área de defesa. Todo mundo joga sozinho, mas é preciso ter “química” com o time para, no final, vencer o jogo.

Esse conceito me pegou ainda mais forte quando percebi que a cada derrota nas partidas, eu voltava para os tutoriais buscando maneiras de melhorar o meu jogo e estar a altura dos meus colegas de equipe – mesmo que fossem completamente desconhecidos.

Assim como em Blue Lock, marcar o gol em Rematch é importantíssimo. No entanto, você também precisa estar atento aos seus arredores e ficar ligado nos seus companheiros de equipe. O jogo, inclusive, possui um ótimo sistema de comunicação direto e sem microfone, facilitando as trocas entre os atletas.

Mesmo com um clima de brincadeira e foco no arcade, Rematch possui um gameplay instigante e que te incentiva a superar as dificuldades e ser um jogador melhor. Você quer honrar a camisa 10 que veste por padrão durante as partidas e dar orgulho para os seus colegas de time, mesmo que eles sejam bem diferentões.

Passe de batalha abre portas para parcerias

Um ponto interessante da experiência com Rematch é a customização. Em seu beta, o game já chega com opções que permitem criar jogadores do seu jeito, tanto masculino quanto feminino, com diferentes tamanhos, cabelos e até próteses.

E como o gênero, tamanho ou aparência do personagem não influenciam no gameplay (talvez apenas no emocional dos adversários), o estúdio vai aproveitar os visuais para monetização. Em seus testes, já é possível conferir um pouco do sistema de passe de temporada do game, que contará com itens cosméticos de personalização.

No entanto, dado a repercussão inicial, consigo visualizar o game recebendo parcerias de peso futuramente, seja com jogadores ou produções como o já mencionado Blue Lock. E como tudo não passa de “perfumaria”, a cor das chuteiras (ou do cabelo) não impactará o gameplay, evitando práticas pay-to-win.

Rematch vale a sua atenção?

Enquanto tive apenas um fim de semana para testar Rematch, o game já se mostrou bastante interessante e repleto de potencial. Com seu gameplay desafiador e estilo único, o jogo mostra que o futebol virtual vai muito além de eFootball e EA FC.

A jogabilidade, no entanto, pode ser bem complexa até mesmo para quem já é veterano da bola de pixels. Com isso em mente, vale a pena ficar de olho nos testes grátis do game, como o beta que ocorre em 18 e 19 de abril no PC, com inscrições abertas atualmente.

Caso o gameplay faça sentido para você, vale a pena ficar de olho no lançamento, que acontece em junho. Com estreia no Game Pass, o título também já está em pré-venda por valores partindo de R$ 89 no PC, PS5 e Xbox Series S e X.

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