A SpaceX colocou em órbita 27 novos satélites para a rede Starlink, na segunda-feira (14), que vão contribuir para a ampliação da cobertura do serviço de internet oferecido em vários países. O lançamento, ocorrido na Flórida (Estados Unidos), estabeleceu um novo para o foguete Falcon 9.
De acordo com a empresa de Elon Musk, o voo iniciado na Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral foi o 27º lançamento do primeiro estágio do foguete, superando o recorde anterior estabelecido há dois meses. Deste total, 16 missões envolveram o transporte de equipamentos para a operadora de internet via satélite.
Começando a operar em junho de 2021, o propulsor B1067 da série Falcon 9 vem se consolidando como uma das principais opções de voo na frota da companhia. Ele também já participou de missões que colocaram em órbita satélites da constelação Galileo L13, Eutelsat e Telkomsat, além de impulsionar a espaçonave Crew Dragon.
Enquanto o estágio superior continuou levando os 27 satélites da Starlink até a órbita baixa terrestre, a parte inferior do foguete se separou e retornou para a superfície pouco mais de oito minutos após decolar. Ele pousou em segurança no navio-drone Just Read the Instructions localizado no Oceano Atlântico.
A Starlink tem quantos satélites?
Em constante crescimento, a constelação Starlink conta com aproximadamente 7,2 mil satélites operacionais, de acordo com as atualizações mais recentes, relacionadas aos lançamentos ocorridos nos primeiros meses de 2025. Eles ficam a até 550 km acima da superfície da Terra.
Cada satélite pesa 260 kg, em média, apresentando design de painel plano com diversas antenas de alto rendimento acopladas. Os equipamentos, que começaram a chegar à órbita terrestre em 2019, também contam com painel solar para garantir o fornecimento de energia.

Para ampliar sua cobertura globalmente, a operadora tem planos de criar uma megaconstelação com mais de 40 mil satélites, disponibilizando a internet banda larga de alta velocidade em lugares ainda não atendidos pelos serviços convencionais. O aumento da frota também deve trazer melhorias na velocidade e outros benefícios.
No entanto, o salto na quantidade de satélites tem gerado preocupação entre os astrônomos, devido à possibilidade de atrapalhar as observações do espaço e causar interferências na radioastronomia. Vale lembrar que há outras empresas explorando esse tipo de serviço, contribuindo para um verdadeiro “congestionamento” no céu.
Starlink no Brasil
Disponível no mercado nacional desde 2022, a Starlink tem planos de internet via satélite tanto para usuários domésticos quanto corporativos. A modalidade residencial, destinada ao uso em casa, como o nome sugere, custa a partir de R$ 236 por mês, trazendo dados ilimitados.
Já na opção viagem, com cobertura em todo o Brasil, na região costeira e em viagens internacionais, a assinatura sai por R$ 576 mensais. Esta alternativa é indicada para utilização em motorhomes e clientes que precisam ter conexão de alta velocidade para trabalhar em diferentes lugares.
Na versão comercial, há os planos terrestre e marítimo, atendendo a diferentes necessidades, com preços variando conforme a franquia de dados contratada. Além da mensalidade, é necessário adquirir o kit de recepção do sinal, que pode chegar a mais de R$ 10 mil dependendo da modalidade.
Recentemente, a operadora de Musk pediu autorização à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para aumentar a quantidade de satélites em operação no Brasil. O órgão regulador deve dar uma resposta à solicitação em até 120 dias.
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