A semana começou movimentada para a Microsoft, que decidiu encerrar as atividades de nada menos que quatro estúdios sob a tutela da Bethesda — consequentemente, somando ainda mais demissões aos 1.900 desligamentos da empresa que ocorreram só este ano. Para alguns ex-companheiros de casa, Phil Spencer “está sofrendo tanto quanto qualquer outra pessoa”.
O fechamento dos estúdios foi confirmado por Matt Booty, chefe do Xbox Game Studios, em e-mail enviado ao IGN na manhã desta terça-feira (07) — no qual a Microsoft atribuiu os cortes à “repriorização de títulos e outros recursos”.
Microsoft encerrou as atividades de quatro estúdios da Bethesda: Arkane Austin, Alpha Dog, Roundhouse Studios e Tango Gameworks.Fonte: Bethesda
“Duplicar essas franquias e investir na construção de novas exige que analisemos todo o negócio para identificar as oportunidades que estão melhor posicionadas para o sucesso. Essa repriorização de títulos e recursos significa que algumas equipes serão realinhadas com outras e que alguns dos nossos colegas nos deixarão”, justificou Booty ao veículo.
Phil Spencer, chefe da Microsoft Gaming, ainda não se pronunciou em suas redes sociais sobre a situação — o que, fatalmente, desencadeou uma onda de críticas dos fãs à marca. Alguns até afirmam que isso aconteceu por conta da “má gestão e da ganância corporativa”.
Ex-CEO da Blizzard defendeu o chefe do Xbox com textão no X
Mas parece que Spencer não está sozinho. Mike Ybarra, ex-CEO da Blizzard desligado do cargo nas demissões em massa da Activision em janeiro, saiu em defesa do ex-colega no X (antigo Twitter).
Publicação de Mike Ybarra, ex-CEO da Blizzard, em defesa de Phil Spencer no X.Fonte: Mike Ybarra (X)
“Vejo muitas críticas a Phil nos anúncios de hoje do Xbox”, escreveu Ybarra no X. “Entendo. Mas conhecendo-o como humano, sei que isso o machuca tanto quanto a qualquer outra pessoa. Não posso falar por toda a liderança lá, mas eu o conheço e sei o que ele provavelmente está passando”.
“Não estou tentando defender as decisões. Acho que todos nós nos envolvemos em situações difíceis e inesperadas (com certeza eu já passei). Faz parte do trabalho, assim como a responsabilidade pelos resultados”, continuou o ex-CEO da Blizzard. “Mas ele é um bom ser humano e se preocupa profundamente com o processo criativo e os desenvolvedores. Essa é minha experiência em primeira mão trabalhando próximo a ele há mais de oito anos e o conhecendo há mais de 24 anos”.
Ybarra continua o texto afirmando que “compreende 100% a raiva e a confusão”, justamente por ter sido um dos desligados da Blizzard em janeiro. “Certamente é um momento difícil que precisa de grande clareza sobre qual é o plano futuro e como os jogadores de todo o mundo podem ficar entusiasmados com isso”, concluiu.
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